Para Lula, a qualificação da mão de obra vai permitir que o Brasil se posicione melhor até nos mercados internacionais. "Quando isso acontecer a gente não vai exportar apenas soja, milho e minério de ferro, a gente vai exportar a coisa que tem mais valor agregado que é a inteligĂȘncia do povo brasileiro e o conhecimento", acrescentou.
O candidato prometeu ainda construir um hospital universitĂĄrio na região. "Para que os estudantes de medicina possam se aperfeiçoar", enfatizou.Mais tarde, ao falar à imprensa em Juiz de Fora, também em Minas Gerais, Lula voltou ao tema da educação. "Nós vamos voltar com muita força para o Fies e para o Prouni", disse em referĂȘncia as polĂticas de financiamento estudantil para o ensino superior adotadas nos governos anteriores do PT.
De acordo com o ex-presidente, essas polĂticas, em conjunto com adoção das cotas raciais e sociais, permitiram que o corpo de estudantes das universidades se aproximasse mais da realidade brasileira. "Mudou a qualidade e mudou a cor da universidade brasileira, ela é para todos agora. Ela mostra a cara do povo brasileiro, é uma mistura", destacou ao lembrar que antes dessas polĂticas o ensino superior atendia majoritariamente as camadas mais ricas da população. "A universidade antes era uma universidade de brancos, raramente vocĂȘ encontrava um menino negro na universidade".
Lula disse ainda que pretende trabalhar na educação bĂĄsica valores que contribuam para o enfrentamento do racismo. "Nós vamos reiterar o estudo da história africana no nosso Brasil", destacou.
Além disso, o candidato disse, que caso eleito, ira colocar em prĂĄtica uma das propostas da senadora Simone Tebet (MDB), que concorreu à PresidĂȘncia no primeiro turno das eleições e, agora, é apoiadora de Lula. "Fazer o ensino médio também integral e profissional. As pessoas tĂȘm que aprender uma profissão. Porque se as pessoas estiverem trabalhando e quiserem estudar, podem se sustentar com muito mais facilidade", disse.
Lula disse que pretende manter o pagamento do AuxĂlio Brasil para famĂlias de baixa renda em um eventual governo. "Enquanto o povo estiver passando necessidade e fome, nós vamos continuar", enfatizou. Entretanto, ele gostaria que o programa fosse reestruturado nos moldes do antigo Bolsa FamĂlia, a partir de um cadastro mais consistente e com contrapartida dos beneficiĂĄrios. "Nós tĂnhamos condicionantes para as pessoas, tinha que colocar os filhos na escola, os filhos tinham que tomar vacina. Era um programa que dava responsabilidade à sociedade", comparou.
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Fonte: AgĂȘncia Brasil