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O Gabinete de Segurança institucional - GSI repudia reportagem do JN e dĂĄ nova versão sobre frase de Bolsonaro

Por SERGIO RIOS em 16/05/2020 às 05:38:34
Globo: nota confirma reportagem e mantém dĂșvida sobre sentido da fala do presidente. O ministro chefe do Gabinete de segurança institucional, Augusto Heleno, enviou nota ao jornalismo da Globo com crĂ­ticas à reportagem exibida no Jornal Nacional sobre as trocas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro em sua segurança a cargo do GSI.

A nota afirma que a matéria é mal elaborada e que é uma tentativa de fazer uma reportagem maldosa contra o Presidente da RepĂșblica usando como exemplo a promoção do General SĂĄ CorrĂȘa, recém nomeado Comandante da 8ÂȘBrigada de Infantaria Motorizada, de Pelotas-RS. A nota prossegue dizendo que o então Coronel SĂĄ CorrĂȘa foi selecionado pelo Alto Comando do Exército, por seus méritos, para integrar a lista de escolha que seria levada ao Presidente da Republica. E que o Presidente não participa das reuniões de promoção de oficiais generais, que acontecem no Alto Comando das trĂȘs Forças.

A nota afirma, porém, que compete ao presidente, por lei, examinar as listas de escolha levadas a ele pelo Ministro da Defesa e escolher, desses nomes, os promovidos. E que cabe ao presidente, o Comandante Supremo das Forças armadas, assinar os Decretos de Promoção.

Segundo a nota, o Coronel Suarez assumiu a Chefia do Departamento de segurança porque era o mais antigo depois do Coronel SĂĄ CorrĂȘa. O ministro Augusto Heleno afirma ainda que, na reunião ministerial, falando para os seus ministros, e não em pĂșblico, o presidente citou, apenas como exemplo, uma troca que desejasse realizar, na segurança pessoal dele. E que, caso houvesse qualquer oposição a essa troca, na ponta da linha, ele poderia chegar até a demitir o ministro para que sua decisão fosse cumprida.

A nota conclui afirmando que o presidente não se referiu a nenhum caso real que houvesse ocorrido com sua segurança pessoal.

Nota da Globo

Em resposta ao ministro, a Globo divulgou a seguinte nota:

"A nota do ministro do gabinete de segurança institucional Augusto Heleno confirma integralmente o que o Jornal Nacional publicou. Que o antigo titular da direção de segurança pessoal da presidĂȘncia, o então coronel SĂĄ Correa, foi promovido a general de brigada por escolha do presidente Bolsonaro. E que o substituto escolhido foi o nĂșmero dois do departamento. Em nenhum momento, o Jornal Nacional questionou os méritos do general SĂĄ Correa.

Quis apenas mostrar que a versão do presidente sobre o que disse na reunião ministerial de 22 de abril não encontra respaldo na realidade. O presidente reiteradas vezes afirmou que se referia à segurança dele, de sua famĂ­lia e de seus amigos, quando disse que tentou fazer mudanças na segurança do Rio e não conseguiu.

Como mostrou o Jornal Nacional, o presidente não teve dificuldades em fazer trocas no departamento responsĂĄvel por sua segurança. Promoveu o titular, substituiu-o pela seu adjunto e também trocou a chefia do escritório no Rio. Sem dificuldades.

Por fim, é de se destacar que a frase do presidente Jair Bolsonaro na reunião ministerial de 22 abril ganha agora mais uma versão. Segundo o ministro Augusto Heleno, o presidente, ao mencionar a segurança no Rio, quis dar apenas um exemplo sobre o que faria caso quisesse realizar uma troca no setor e encontrasse oposição: poderia chegar até a demitir o ministro para ver a sua decisão cumprida, não tendo o presidente se referido a nenhum caso real que houvesse ocorrido. Registre-se também que o ministro Augusto Heleno não esclareceu por que motivo o presidente se viu compelido a dar esse exemplo.

A dĂșvida permanece."

Fonte: G1

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