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Após início da vacinação, país pode enfrentar crise por falta de doses

"Essas doses devem durar menos de uma semana e ainda não temos previsão de reposição", diz presidente do Conselho de Secretários de Saúde

Por Redação em 18/01/2021 às 10:46:49
FÁBIO VIEIRA/METRÓPOLES

FÁBIO VIEIRA/METRÓPOLES

São Paulo – Embora o país inicie ainda nesta segunda-feira (18/1) a campanha de vacinação contra a Covid-19, a expectativa é de que o processo tenha início bem devagar no país. Ao Metrópoles, o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Carlos Lula, afirmou que as 6 milhões de doses da Coronavac disponíveis para aplicação devem acabar rápido e não há data para reposição do estoque.

"Essas doses devem durar menos de uma semana e ainda não temos previsão de reposição", afirmou. Ele destaca que essas doses vão vacinar "bem pouquinho" da população, cerca de 3 milhões, uma vez que cada pessoa recebe duas doses.

Ele argumenta ainda que essa quantidade será direcionada apenas aos profissionais de saúde, à população indígena e aos moradores de asilos. "E não será suficiente", completou.

O problema, segundo ele, é que não há expectativa sobre quando os estados vão receber uma nova remessa de doses e isso gera preocupação. "Temos a esperança de receber mais 2 milhões de doses da vacina de Oxford, mas ainda não temos data", enfatiza.

Há ainda a previsão de mais 4 milhões de doses da Coronavac, mas essas unidades produzidas em território nacional ainda não têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. O Instituto Butantan, responsável pela vacina, deve dar entrada no pedido ainda esta semana.

Distribuição

Na manhã desta segunda-feira, o ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, começou a distribuição das 6 milhões de doses da Coronavac. A vacina está sendo enviada do Aeroporto Internacional de Guarulhos Guarulhos (SP) para os estados, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

A princípio, Pazuello havia divulgado que a vacinação seria iniciada na próxima quarta-feira (20/1), em todo o país. Segundo o ministro, esse tempo entre a distribuição e a aplicação seria necessário para que os estados se organizassem e começassem a imunização de forma simultânea.

Fonte: Metrópoles

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