publicidade
cria

Homem preso aliciou mãe de menino desaparecido em Santa Catarina (SC) e encontrado em São Paulo (SP), diz polícia; assista vídeo

Segundo Polícia Civil, detido é suspeito de integrar uma quadrilha de tráfico de crianças e intermediava adoções ilegais. Mulher presa com ele ficaria com menino

Por SERGIO RIOS em 09/05/2023 às 15:11:22
TV Globo/Reprodução

TV Globo/Reprodução

O homem preso em flagrante por tráfico de pessoas em São Paulo na segunda-feira (8) aliciou a mãe do menino de 2 anos, que era considerado desaparecido em Santa Catarina, para uma adoção ilegal, de acordo com a Polícia Civil.

Ele é apontado como intermediador da entrega da criança a mulher que também foi detida e que ficaria como garoto.

O homem preso é investigado, ainda, por integrar uma quadrilha de tráfico de crianças. Ele, segundo a polícia, assediava a mãe do menino para entregar a criança de 2 anos para uma adoção ilegal desde antes do nascimento dela. Os dois trocavam mensagens pelo telefone.

O g1 SC tenta contato com a defesa dos presos.

Conforme Sandra Mara, da Delegacia de Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCami) de São José, a mãe do menino e o homem preso teriam se conhecido quando ela entrou em grupos sobre gravidez nas redes sociais, depois que descobriu a gestação.

Em um primeiro momento, a mãe negou entregar a criança, mas dois anos depois decidiu fazer a entrega de forma espontânea. Ainda, segundo a polícia, a mulher é bastante jovem, já foi vítima de violência e tem saúde mental frágil.

"É a ponta de um iceberg. A nossa investigação, uma das linhas era essa, de que era uma quadrilha que fazia tráfico de pessoas, fazia adoção ilegal. Tanto é que ela, a mãe da criança, entregou a certidão e a carteira de vacinação para a Roberta, para quem veio aqui buscar a criança", disse a delegada.

Agora, com o caso em investigação, polícia busca saber se ele pagou para a mãe entregar a criança, ou se ele recebeu do suspeito algum valor para intermediar a entrega do menino. Apesar da entrega voluntária, o Código Penal descreve como crime o ato de registrar o filho de outra pessoa como próprio.

O que falta na investigação

Além de buscar informações sobre o que motivou a entrega da criança, a Polícia Civil de Santa Catarina busca entender se outras crianças também foram vítimas do suposto esquema. A Polícia também aguarda a quebra de sigilo bancário para saber se houve transferência de valor entre os envolvidos.

"Sabemos que no sul do país acontecem esses desaparecimentos e acontecem essas redes de tráfico. Nossa intenção é descobrir se de fato mesmo é uma quadrilha, se ele tem outras situações envolvendo ele nesses aliciamentos, nessas buscas de crianças, ou se isso é fato isolado", afirmou a delegada.

Como o menino foi localizado?

O menino de 2 anos foi localizado na dentro do carro, modelo Hyundai Creta, na noite de segunda-feira, em São Paulo. Segundo o g1 apurou, a polícia estava monitorando o casal. Quando a mulher saiu de dentro de uma e entrou no carro onde estava o homem, os agentes passaram a acompanhá-la até a abordagem. Não foi informado se o menino já estava no veículo ou era levado pela mulher.

Quando foi abordada, a Roberta apresentou um documento e disse que era a Certidão de Nascimento da criança. Ela também falou que a mãe da criança o teria doado e que os dois estariam indo ao Fórum para regularizar a situação.

Vídeo: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/video/policia-prende-por-suspeita-de-trafico-de-pessoas-casal-que-estava-com-bebe-de-sc-11601927.ghtml

O que aconteceu com a mãe e com o pai da criança?

A mãe dele foi internada em 2 de maio, sem estar com o filho junto. A mulher recebeu alta na segunda. O g1 não obteve informações sobre o motivo da internação. A polícia também não deu esclarecimentos sobre o pai do menino, que é registrado apenas com o nome da mãe.

Cronologia do desaparecimento

  • 30 de abril: menino foi visto pela última vez com a mãe pela avó materna;
  • 1ª de maio: avó do menino perguntou a filha sobre o menino. Mulher disse que a criança estava na casa de uma amiga;
  • 2 de maio: mãe do menino foi hospitalizada desacordada;
  • 3 de maio: avó entrou em contato com amiga da mãe do menino, que informou que não estava com ele. Ela teria indicado que a criança poderia estar com o suposto pai da criança; Na família do suposto genitor ele não foi encontrado pela avó;
  • 4 de maio: avó procurou a Polícia Civil.



Fonte: G1 SC

Comunicar erro

Comentários