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Câmara examina 260 propostas para mudar legislação sobre planos de saĂșde

A Casa jĂĄ teve duas comissões para analisar melhorias na legislação que rege os planos de saĂșde: uma em 2017 e outra em 2021

Por Redação Agência Câmara de Notícias em 25/03/2023 às 02:35:14
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A saúde suplementar, sistema de planos privados de assistĂȘncia à saúde, atende atualmente mais de 50 milhões de pessoas no Brasil, o que corresponde a cerca de 25% da população. O assunto é tema de 260 propostas em tramitação na Câmara dos Deputados.

AnĂĄlise feita pela Consultoria Legislativa da Casa sobre esses projetos mostra que a maior parte deles trata de cobertura e carĂȘncia dos planos, de direito a acompanhante, de reajuste das mensalidades, de rescisão de contrato e atendimentos de emergĂȘncia.

Para o deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP), que integrou uma comissão especial que discutiu o assunto na legislatura passada, a participação da AgĂȘncia Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na discussão de regras claras para o reajuste de mensalidades, especialmente dos planos coletivos, deve ser a principal mudança.

Hoje, os contratos coletivos não são fiscalizados pela ANS, permitindo com isso aumento abusivo dos preços e cancelamento dos planos apenas com um aviso prévio.

"Quando vocĂȘ compra um plano de saúde de pessoa física, vocĂȘ tem a garantia de que, enquanto vocĂȘ estiver pagando, vai ter o plano para o resto da vida", afirma Russomanno. "No plano pessoa jurídica, avisando com antecedĂȘncia de 60 dias, eles podem tirar as pessoas do plano", compara. "As pessoas acreditam ter segurança quando compram um plano de saúde pessoa jurídica e não tĂȘm", alerta.

Campeões de reclamações
A representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Ana Carolina Navarreti diz que os planos de saúde são os campeões em número de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor. As principais queixas são: negativa de cobertura, falta de acesso às informações do contrato, a falta de transparĂȘncia e reajuste de preços.

"Isso mostra onde estão os nós, onde estão as principais dificuldades enfrentadas pelo consumidor", afirma Ana Carolina, ressaltando que muitos consumidores, apesar de ter problemas com as operadoras de planos de saúde, não procuram o Idec, os Procons ou mesmo a ANS. "[Isso porque] quando vocĂȘ tem uma emergĂȘncia de saúde vocĂȘ vai direto na Justiça porque não dĂĄ para esperar. Então muitas dessas reclamações acabam indo direto para o JudiciĂĄrio", explica a representante do Idec.

Para o deputado Jorge Solla (PT-BA), é preciso fortalecer a função reguladora da ANS para melhorar a relação entre os pacientes e os planos de saúde. "Por isso, agora é um momento também na saúde suplementar de retomarmos a capacidade de fiscalização, de cobrança e garantia da oferta necessĂĄria pelos planos de saúde e evitar com isso o prejuízo para seus usuĂĄrios."

Solla também participou da comissão que estudou mudanças no funcionamento de planos de saúde suplementar no ano passado. O colegiado analisava o Projeto de Lei 7419/06 e foi encerrado sem aprovar um parecer. Hoje, hĂĄ 260 propostas apensadas ao PL 7419/06.

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Fonte: AgĂȘncia Câmara de NotĂ­cias

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