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Pesquisa mostra que 71% dos professores estão estressados

Pelo menos 71% dos professores brasileiros estão estressados pela sobrecarga de trabalho, mostrou um levantamento feito pelo Ipec, encomendado por entidades como Todos Pela Educação, ItaĂș Social, Instituto PenĂ­nsula e Profissão Docente. O levantamento foi realizado com 6,775 professores de escolas pĂșblicas (municipais e estaduais) de todo o paĂ­s, entre julho e dezembro de 2022.

Por Redação Agência Brasil em 28/04/2023 às 11:21:26

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Pelo menos 71% dos professores brasileiros estão estressados pela sobrecarga de trabalho, mostrou um levantamento feito pelo Ipec, encomendado por entidades como Todos Pela Educação, ItaĂș Social, Instituto PenĂ­nsula e Profissão Docente. O levantamento foi realizado com 6,775 professores de escolas pĂșblicas (municipais e estaduais) de todo o paĂ­s, entre julho e dezembro de 2022.

"Outro aspecto que nos chamou atenção é uma opinião [dos professores] de que a gestão educacional deveria priorizar, nos próximos dois anos, o apoio psicológico a estudantes e docentes", afirma a pesquisadora Esmeralda Macana, especialista em desenvolvimento e soluções do ItaĂș Social.

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O apoio psicológico estĂĄ no topo das preocupações dos professores, entre dez medidas relacionadas pela pesquisa. Essa necessidade é lembrada por 18% dos pesquisados e fica à frente de aumento no salĂĄrio dos profissionais (17%).

Chamar atenção

Esmeralda Macana avalia que o cenĂĄrio é muito complicado nesse perĂ­odo de pós-pandemia. "Estamos nesse desafio de dar conta de recuperar essa aprendizagem e poder engajar os estudantes em todo o processo".

A pesquisadora em desenvolvimento humano explica que os professores também sinalizaram que um dos problemas que enfrentam é o desinteresse dos estudantes pela escola. Esse problema foi apontado por 31% dos professores consultados. Para 28%, outra questão é a defasagem na aprendizagem dos alunos.

Segundo a pesquisadora, esse cenĂĄrio deve permanecer ainda por um tempo em função do impacto das crises sanitĂĄria e social. "Isso gera necessidade de inovar as estratégias pedagógicas para acelerar o processo de aprendizagem".

Uma questão é que estudantes voltaram para o ensino presencial com dificuldades de alfabetização, e também em temas da lĂ­ngua portuguesa e matemĂĄtica.

Risco de desânimo

Nesse contexto, as dificuldades com os conteĂșdos acabam desanimando os estudantes ao não conseguir acompanhar as aulas. "Eles [os alunos] também se sentem sobrecarregados e estressados, assim como os professores, tentando inovar, priorizar o currĂ­culo e buscar outras formas de motivação e de engajamento", diz Esmeralda Macana.

A especialista defende que a gestão educacional precisa considerar a necessidade de fortalecer a formação continuada dos professores. "Parte da [ideia e sentimento de] desvalorização se dĂĄ pelo docente se sentir sozinho lidando com desafios muito grandes e complexos".

A pesquisadora observa que, de acordo com pesquisas, as famĂ­lias de estudantes da rede pĂșblica valorizam ainda mais o trabalho do professor depois da pandemia. "As famĂ­lias também perceberam quão difĂ­cil e desafiador é o trabalho dos professores". Mesmo com as dificuldades, os pesquisados entendem que a profissão é gratificante. "Nove em cada dez docentes escolheriam ser professores novamente".

Segundo o levantamento, 84% dos professores concordam que cursos presenciais formam profissionais mais bem preparados para o inĂ­cio da profissão.



Fonte: AgĂȘncia Brasil

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