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Supremo Tribunal Federal (STF) suspende julgamento de mulher que pichou "Perdeu, Mané" em eståtua

Um pedido de vista do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta segunda-feira (24) o julgamento de DĂ©bora Rodrigues dos Santos, mulher acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e de pichar a frase "Perdeu, manĂ©" na estĂĄtua A Justiça, localizada em frente à sede do Supremo, na Praça dos TrĂȘs Poderes.

Por Redação Agência Brasil em 24/03/2025 às 18:13:45

Um pedido de vista do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta segunda-feira (24) o julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, mulher acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e de pichar a frase "Perdeu, mané" na estĂĄtua A Justiça, localizada em frente à sede do Supremo, na Praça dos TrĂȘs Poderes.

O caso é julgado pela Primeira Turma da Corte, formada pelos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, FlĂĄvio Dino, CĂĄrmen LĂșcia, Cristiano Zanin e Fux.

O julgamento virtual começou na sexta-feira (21), quando Moraes votou para condenar Débora a 14 anos de prisão em regime fechado por cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado DemocrĂĄtico de Direito, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Em seguida, Dino seguiu o relator. O placar estĂĄ 2 votos a 0. O julgamento não tem data para ser retomado.

Ao se manifestar pela condenação de Débora, Alexandre de Moraes afirmou que ela "confessadamente adentrou à Praça dos TrĂȘs Poderes e vandalizou a escultura A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, mesmo com todo cenĂĄrio de depredação que se encontrava o espaço pĂșblico".

A frase "Perdeu, mané" foi dita pelo presidente do Supremo, LuĂ­s Roberto Barroso, em novembro de 2022, após ser importunado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro durante um evento em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Defesa

Em nota enviada à AgĂȘncia Brasil, os advogados Hélio JĂșnior e Tanieli Telles afirmaram que receberam o voto de Alexandre de Moraes com "profunda consternação".

Segundo a defesa, o voto pela condenação a 14 anos de prisão é um "marco vergonhoso na história do JudiciĂĄrio brasileiro".

Os advogados também afirmaram que Débora nunca teve envolvimento com crimes e classificaram o julgamento como "polĂ­tico".

"Condenar Débora Rodrigues por associação armada apenas por ter passado batom em uma estĂĄtua não é apenas um erro jurĂ­dico – é pura perversidade. Em nenhum momento ficou demonstrado que Débora tenha praticado atos violentos, participado de uma organização criminosa ou cometido qualquer conduta que pudesse justificar uma pena tão severa", disse a defesa.



Fonte: AgĂȘncia Brasil

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