"É uma situação em que o Zika estĂĄ no lugar errado no momento errado", destacou a professora do Departamento de Microbiologia, Genética Molecular e Engenharia QuĂmica da universidade e principal autora do estudo, Priya Shah. O trabalho demonstra que vĂrus próximos ao Zika, como o da dengue e o da febre amarela, também sequestram a proteĂna ANKLE2 para o mesmo propósito. Para os pesquisadores, a descoberta pode abrir caminho para o desenvolvimento de vacinas e outros tipos de tratamento contra os chamados arbovĂrus.
De acordo com o Ministério da SaĂșde, a sĂndrome congĂȘnita do zika compreende um conjunto de anomalias congĂȘnitas que podem incluir alterações visuais, auditivas e neuropsicomotoras que ocorrem em embriões ou fetos expostos à infecção durante a gestação. Tais alterações podem variar quanto à severidade, sendo que, quanto mais cedo a infecção ocorre na gestação, mais graves tendem a ser esses sinais e sintomas.
A principal forma de transmissão da infecção em mulheres grĂĄvidas é pela picada da fĂȘmea do mosquito Aedes aegypti, mas a transmissão também pode ocorrer por meio de relação sexual com indivĂduos infectados ou de transfusão sanguĂnea, sendo que a Ășltima, segundo a pasta, apresenta baixo risco devido à triagem de doadores e testes hematológicos.
A sĂndrome foi descoberta em 2015, devido à alteração do padrão de ocorrĂȘncia de microcefalia em nascidos vivos no Brasil. À época, o evento foi considerado uma emergĂȘncia em saĂșde pĂșblica de importância nacional e, posteriormente, internacional. Algum tempo depois, constatou-se que os casos de microcefalia, que também cursavam com outras anomalias cerebrais e alterações neurológicas, estavam associados à infecção pelo vĂrus Zika no perĂodo gestacional.
Fonte: AgĂȘncia Brasil