A delegada da Polícia Civil, Márcia Pereira, concedeu entrevista coletiva à imprensa, nesta terça-feira (27), onde detalhou as fases da Operação Belmonte, deflagrada mais cedo e que desarticulou uma organização criminosa envolvida em fraudes tributárias, resultando em prejuízo significativo ao erário em mais de R$ 2 milhões.
De acordo com a titular, as investigações tiveram início após uma das vítimas procurar o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) informando que teria sido lesada em um prejuízo estimado em R$ 1,8 milhão.
A partir deste momento, a Polícia Civil iniciou as diligências e chegaram a conclusão de que ela teria contratado um despanchante aduaneiro para facilitar o trâmite da importação do material que o empresário comercializa no estado da Bahia e esse despanchante, junto com dois agentes de tributo teria facilitado a entrada dessas mercadorias sem o recolhimento do imposto.
"Identificamos que esses dois agentes de tributos que funcionam no porto trabalham lá há cerca de quatro anos. Essa investigação nossa, a gente sabe que essa vítima, inicialmente, teria sido lesada durante três anos, mas diante dos cumprimentos dos mandados dessa flagração dessa primeira fase hoje, colhemos vários documentos onde identificamos outras vítimas bem como outras empresas que teriam sido usadas junto a esses dois agentes do estado", detalhou.
Entre os crimes cometidos no âmbito da operação, estão organização criminosa, sonegação fiscal e a situação de falsificação de documento. Márcia ainda detalhou a composição do grupo investigado.
"Inicialmente, identificamos dois agentes do estado, um despanchante aduaneiro e mais duas pessoas que já foram identificadas. Com as informações colhidas hoje no cumprimento de busca, com apreensão de computadores, notebooks e farta documentação, sabemos que essa organização é bem maior do que já foi identificado", completou.
Entre as informações obtidas, inclusive, estaria de que uma das pessoas envolvidas teria aberto duas empresas em centros comerciais da capital baiana. "Temos uma das pessoas que faz esse tipo de fraude, que está sendo indiciada, ela abriu nos últimos quatro meses duas empresas em dois shoppings aqui na cidade de Salvador".
Fonte: BNews