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Livro e documentário serão produzidos em projeto cultural de terreiros no Recôncavo Baiano; saiba mais

Dez templos religiosos que foram tombadas patrimônio imaterial da Bahia em 2014 irão produzir outras três peças culturais até março deste ano. Terreiros de candomblé terão projetos culturais publicados até março deste ano

Por Redação em 13/01/2021 às 00:09:09

Dez templos religiosos que foram tombadas patrimônio imaterial da Bahia em 2014 irão produzir outras três peças culturais até março deste ano. Terreiros de candomblé terão projetos culturais publicados até março deste ano

Divulgação/Tacun Lecy

Uma iniciativa conjunta de 10 terreiros de candomblé das cidades de Cachoeira e São Félix, no Recôncavo Baiano, resultará em cinco projetos culturais coordenados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Até o mês de março, um vídeo documentário, um portal virtual, plano planialtimétrico, um plano de salvaguarda e um livro serão publicados pelos templos religiosos.

Intitulado "Salvaguarda Patrimônio Imaterial", o conjunto dos trabalhos faz parte de um projeto coletivo dos terreiros que venceram um edital do IPAC. Eles tiveram a nota mais alta na seleção e receberão R$ 900 mil para a veiculação dos trabalhos.

O principal objetivo dos trabalhos, segundo os líderes do projeto, é criar um plano de salvaguarda aos terreiros, patrimônios do estado. A iniciativa ocorre seis anos depois das casas serem tomadas como patrimônio imaterial da Bahia.

O líder de um dos templos que também está à frente dos projetos, o babalorixá Idelson Salles, afirmou que a execução deste projeto servirá como um sinal de esperança em tempos melhores, principalmente em meio à pandemia, em que as casas estiveram longos meses sem poder realizar as atividades.

Os trabalhos serão produzidos pelos templos Asepò Eran Opé Olùwa – Viva Deus, Humpame Ayono Huntóloji, Ilê Axé Itaylê, Ilê Axé Ogunjá, Inzo Nkosi Mukumbi Dendezeiro, Ogodô Dey, Aganju Didê – Ici Mimó, Loba"Nekun – Casa de Oração, Loba"Nekun Filho e Raiz de Ayrá, sediados em São Félix e Cachoeira.

Projetos culturais

Ìyá Ana d'Oxum e Babalorixá Idelson Salles no terreiro Ilê Axé Ogunjá

Tacun Lecy/Divulgação

Uma das ações que integram o projeto é realizar um levantamento planialtimétrico, uma espécie de descrição documentada dos espaços arquitetônicos dos terreiros, com as dimensões das matas, boques sagrados, fontes e leitos d'água.

Além disso, um dos planos é publicar uma série de 10 vídeos documentários, com a história de cada terreiro, a partir dos cânticos, e das folhas sagradas usadas no dia a dia de cada templo.

Está prevista também a publicação de um livro, que irá registrar as singularidades do universo dos terreiros e a impressão de informações do conhecimento e salvaguarda de cada uma das áreas sagradas para os adeptos da religião.

Um portal virtual também está entre os trabalhos que serão desenvolvidos pelo projeto, onde será possível fazer visitas virtuais aos terreiros e explorar os detalhes dos templos sem precisar sair de casa, além de um plano de salvaguarda que fala sobre ações que poderão ser feitas futuramente.

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Fonte: G1

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